JESUS PERSONAGEM REAL OU PERSONAGEM LITERAL
Os críticos salientam que tudo, que sabemos sobre Jesus se encontra na bíblia, a saber principalmente nos evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João.
Segundo H.G.Wells, os antigos historiadores ignoram Jesus, mas embora sejam escassas as referências a Jesus Cristo, da parte dos historiadores seculares tais referências existem. Cornélio Tácito, respeitado historiador romano do primeiro seculo, escreveu que o nome cristão deriva-se de Cristo a quem o procurador Pôncio Pilatos executou no reinado de Tibério, e também Suetônio, e Plínio, escritores romanos se referiram a Jesus. Além disso Flávio Josefo historiador judeu também do primeiro seculo escreveu sobre Tiago, o identificando como irmão de Jesus.
Os evangelhos foram escritos antes do primeiro seculo com o objetivo de descrever a história de um homem incomum que marcou significantemente a história da humanidade, visto que as principais civilizações do mundo tem como ponto de partida o nascimento de Jesus Cristo através das iniciais a.C., isto é , antes de Cristo e a. D ,isto é ano domini (ano do Senhor).
Entretanto pergunta-se Jesus realmente existiu ou foi fruto da imaginação humana, há cerca de 5mil manuscritos do novo testamento que o torna o mais bem documentado dos escritos antigos, também existem aproximadamente 75 fragmentos datados de 135 d.C. até o século 18.
Sendo que todos esses dados, junto com o trabalho feito pelo estudiosos da paleografia, arqueologia e crítica textual asseguram a fidelidade do texto do novo testamento, os quais contém as 4 biografia de Jesus, ou seja os 4 evangelhos que não são biografia no sentido clássico. Mas são insuficientes para resolver a dúvida se Jesus, foi um personagem real,ou literal, tal duvida que ocorreu a partir do século 16 , por Albert Schweitzer em sua obra clássica, The Quest Of The Histórical, Jesus.
A inquirição pelo Jesus histórico, mais foi o teólogo alemão David Strauss (1808-1874), em seu livro vida de Jesus, que salientou que a história de Jesus é mito lógica, Strauss só reforçou as duvidas que existiam quanto a historicidade de Jesus, dando suporte para os críticos de sua época.
Prefacio
O desafio proposto por esta obra literária, é analisar de forma multifocal a vida de Jesus, sem contudo entrar no âmbito teológico. Para isso é necessário reconstruirmos a historia, e observarmos todos seus pormenores, as palavras ditas e até mesmo as palavras não ditas, para compreendermos melhor todos os aspectos que envolvem o personagem Jesus, desde seu nascimento até sua morte, sua paixão pela humanidade, seu altruísmo, sua sensibilidade, e sua solidariedade.
É impossível descrever com exatidão as qualidades do homem que dividiu a historia, pois Jesus foi um homem paradoxal o qual não objetivava fama, nem tão pouco status social, pois o seu maior objetivo era vacinar a humanidade do predatorismo, do egoismo, do orgulho, e ensinar a linguagem da gratidão e do amor.
Suas sementes foram plantadas nos corações dos discípulos, os quais deram continuidade aos seus ensinamentos disseminando as poderosas sementes do poeta do amor e da solidariedade.
Jamais encontraremos na historia um homem tão fascinante como Jesus, o meu maior temor é que o fanatismo religioso ofusque o grande homem que Jesus foi, visto que tantas atrocidades foram feitas em seu nome.
Entretanto é evidente que o Jesus descrito nos evangelhos jamais aprovou nenhuma atitude agressiva contra o próximo, pois até mesmo o seu traidor, Ele tratou com carinho o chamando de amigo.
Jesus viveu uma história de milagres e superações
ORIGEM DO PROBLEMA
Foram os críticos moderno que criaram a polemica questão sobre o Jesus histórico, em contraste com o Jesus teológico, logo alguns céticos radicais transformaram o Jesus teológico em uma invenção do cristianismo.
Albert Schweitzer foi o primeiro teólogo a escrever uma obra sobre o Jesus histórico o nome dessa obra era The Quest Of Historical, A inquirição pelo Jesus histórico, parte dessa obra estava alicerçada sobre o trabalho de Herman Samuel Reimarus (1694-1768), mestre de idiomas orientais em Hamburgo, na Alemanha. Samuel procurou separar tudo o que Jesus disse daquilo que os apóstolos posteriormente escreveram, segundo ele Jesus julgava ser o messias dos judeus, mas após sua morte os seus discípulos o transformaram em uma figura Celestial e o seu reino terreno foi elevado a reino Celeste.
Varias obras surgiram sobre a vida de Jesus, e todas elas tinham como principal objetivo eliminar os atos poderosos realizados por Ele, supondo que foram os apóstolos que mistificaram Jesus.
David Friedrích Strauss (1808-1874),em seu livro vida de Jesus, falou que nos evangelhos haviam vários mitos, com objetivo, de promover o Jesus teológico, pois a mente de Strauss não podia conceder a ideia de que tal personagem tão poderoso pudesse realmente ter existido.
Desde o primeiro século que começaram a surgir as mais divergentes opiniões sobre a pessoa de Jesus, visto que para algumas pessoas ele nunca existiu, foi um personagem criado á fim de suprir a necessidade Judaica do tão sonhado libertado.
Esse salvador -libertador, provavelmente foi criado pelos essênios e posteriormente Israel tenha tomado essa figura messiânica mito lógica por empréstimo á fim de promover o tão esperado salvador.
TEORIA GNÓSTICA, para os gnóstico Jesus foi apenas uma criatura superior e não o próprio Deus -encarnado, e talvez pertencesse a uma determinada ordem angelical, e provavelmente fosse o mais exaltado deles. Outro aspecto ressaltado pelos gnósticos era a negação da humanidade de Jesus, para eles a humanidade do Logos não passava de uma ilusão.
Todavia havia dois pontos de vista diferentes quanto a este assunto; o primeiro aceitava a humanidade de Jesus, mas dizia que ele era controlado por um ser celestial , já o segundo acreditava que um ser angelical desceu a terra a fim de cumprir uma missão e sua humanidade não passava de uma ilusão.
TEORIA DOCETICA; Os docéticos negavam a encarnação de Jesus, para eles a humanidade de Cristo era ilusão, concordando com a teoria gnóstica.
TEORIA DA EMANAÇÃO; Essa teoria fala que Deus é luz e Dele emanam vários raios de luz e que o Cristo provavelmente seja o raio mais próximo de Deus, e depois Dele os anjos e um pouco mais distante o homem.
TEORIA SABELIANA; Sabélio bispo da igreja da Africa questionou a divindade de Jesus e a doutrina da trindade, tempos depois Ario bispo de Alexandria aderiu as heresias de Sabélio, declarando que Jesus era igual aos demais seres criados, e não igual ao Pai.
TEORIA MITOLOGICA; Embora David Strauss seja o mais fervoroso defensor desta teoria , todavia ele não foi o primeiro a questionar a historicidade de Jesus, alguns teólogos já haviam levantado a questão sobre Jesus ser ou não um personagem real, para eles os poderosos milagres realizados por Jesus não são reais, e sim fruto da imaginação dos autores dos evangelhos.
Pelo fato deles não aceitarem os milagres realizados por Jesus, eles criaram dois Jesus;
1° JESUS HISTORICO; Esse Jesus era o que eles criam que realmente teria existido, para promover o Jesus histórico Strauss procurou separar tudo o que Jesus disse daquilo que posteriormente seus discípulos haviam inventado, todos os atos sobrenaturais realizados por Ele era mera utopia dos discípulos.
2° JESUS TEOLOGICO; Este Jesus havia sido criado pelos discípulos a fim de suprir a necessidade de um salvador, Albert Schweitzer já havia feito a mesma tentativa de Strauss de separar os feitos de Jesus, e desmitolizar o Jesus dos evangelhos. Tanto a mente de Strauss como a mente de Schweitzer não podiam conceber a ideia de um Jesus teológico, para eles isso era um absurdo.
A teoria mito logico não é moderna, ela se assemelha muito as varias teorias que foram surgindo ao longo dos anos sobre Jesus, e se observarmos bem em seu ponto de conflito veremos que ela é uma teoria sabeliana modernizada, pois nega a divindade de Jesus não de forma direta e objetiva, como fizeram Sabélio e Ario, mas de forma subjetiva e sutil, embora tanto Strauss como Schweitzer tenham pensado que haviam descoberto algo novo, eles só reforçaram as antigas teorias e não acrescentaram nada de novo sobre a historicidade de Jesus.
Em todos as épocas alguns homens tentaram negar o inegável, cometer um crime contra a própria historia, ou seja, negar a existência daquele que dividiu a história.
O poder que Jesus tem de fazer com que homens de diferentes culturas o sigam, serve como testemunho de que Ele não foi apenas um personagem literário, e sim um personagem real. O fato de alguns homens não aceitarem os atos sobrenaturais realizados por Ele não anula sua existência, até hoje algumas pessoas ainda não acreditam que o homem realmente foi na lua, isto não anula o acontecimento histórico que marcou as descobertas tecnológicas da humanidade.
Jesus foi aquilo que os evangelhos dizem que Ele foi, não havia motivos para mentir, nem tão pouco para inventar um Jesus teológico.
O ceticismo cegou o entendimento desses teólogos, os quais criaram, mas uma heresia e a fundamentaram sobre suas opiniões pessoais, não é difícil de entender a visão deles pois o próprio pensamento humanista predominava naquela época.
PANO DE FUNDO HISTÓRICO DA ORIGEM DOS EVANGELHOS
A festa de pentecoste a qual era celebrada cinqüenta dias depois da pascoa, reunia judeus de vários
países por ser uma festa oficial do calendário judaico, neste dia os quase cento e vinte discípulos de Jesus, os quais estavam reunidos num cenáculo foram batizados com o Espirito Santo e falaram das grandezas de Deus para a multidão que estava em Jerusalém, o resultado foi surpreendente visto que quase três mil pessoas aceitaram ao Jesus pregado pelos apóstolos.
Mas a cúpula judaica movida por inveja do rápido crescimento do evangelho, passou a perseguir a recém inaugurada igreja, Estevão um dos sete diáconos instituídos pelos apóstolos para administrar a causa das viúvas era um pregador eloqüente e poderoso, o qual foi martirizado pelo sinédrio. È improvável que os discipulos tenham criado um Jesus mito logico e sustentado essa mentira diante das perseguições e dos martírios promovidos pelo sinédrio judaico, se Jesus fosse um personagem literal seria uma grande loucura morrer por um homem que nunca existiu, se a historicidade de Jesus estivesse alicerçada sobre um mito criado pelo apóstolos certamente ele teria sido destruído pelas perseguições.
Paulo um jovem fariseu natural de Tarso, o qual cresceu aos pés de Gamaliel consentiu na morte de
Estevão e se tornou um implacável perseguidor da igreja, desse modo não havia possibilidade dos discipulos de Jesus se reunirem para falar oralmente aos novos discipulos sobre a história de vida do
mestre, por isso eles se espalharam por várias regiões. Herodes Agripa, chamado de Herodes o rei em Atos, não queria ser banido do poder, tal como foi seu tio Antipas, e tratou de realizar aos caprichos do sinédrio judeu matando a Tiago. Por causa das constantes perseguições não havia mas como manter as tradições de relatar a história de Jesus oralmente aos novos discipulos e por esta causa foram escritos os evangelhos.
Três evangelhos são chamados de Sinópticos, termo que se deriva do grego Sinópticos, forma adjetiva de Sinópsis que significa visto de um ponto de vista comum, devido os evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas, relatarem a vida, os ensinamentos e a morte de Cristo, com o mesmo ponto de vista, já o evangelho de João aborda outras particularidades da vida, ensinamentos e morte de Cristo, que não são abordados nos outros evangelhos.
Os evangelhos foram escritos devido a necessidade de preservar vivos os ensinamentos, as obras e a vida de Cristo, visto que todos esses acontecimentos, eram relatados oralmente aos novos discípulos, e essa tradição apostólicas durou alguns anos, até que entre os anos de 60 d.C., e 70 d.C., Marcos ouve, a narrativa do apostolo Pedro, e escreve o primeiro evangelho que possui o seu nome, depois Mateus e Lucas provavelmente usaram como fonte informativas o evangelho de Marcos, com objetivo de escreverem seus evangelhos, é por isso que eles possuem grandes similaridades com o evangelho de Marcos.
Entretanto os evangelhos de Mateus e Lucas não são meras copias de Marcos, eles também tem diferenças pois a retratam a Cristo de acordo com seus pontos de vista. Já o evangelho de João acredita-se que foi o ultimo a ser escrito isso ocorreu entre os anos de 80 d.C. E 90 d.C., não foi necessário João consultar nenhuma fonte informativa, pois ele foi testemunha ocular de tudo quanto Jesus realizou.
Outro fator importante é o fato dos evangelhos serem escritos na época em que ocorrem os acontecimentos registrados, e esses eram lidos nas pequenas comunidades cristãs que surgiram, tornando-se bastante conhecidos. Os escritos dos pais da igreja revelam que as tradições contidas nos evangelhos já eram aceitas pela igreja tanto na forma oral ou escrita. A confiança com que os autores narram a história mostram o quanto os assuntos descritos por eles eram comuns e conhecidos por todos os discípulos de Jesus.
AS INTENÇÕES DOS AUTORES
Os autores dos evangelhos não tinham a intenção de promover um líder politico, de fundar uma
filosofia de vida, e nem de construir a figura de um líder religioso, eles queriam apenas descrever a história de uma pessoa incomum a qual mudou completamente suas vidas, registrando os fatos, mesmo que incompreensíveis aos leitores, que Jesus viveu, discursou e se expressou de forma simples, mas poderosa. Se houvesse a intenção de promover um personagem literal, ou seja fruto da imaginação dos autores, eles certamente omitiriam as suas próprias fragilidades e seus erros e o medo que eles sentiram quando Jesus foi preso, eles também não registrariam a angustia de Jesus, e nem o temor que Ele sentiu momentos antes de ser traído por Judas e de ser preso pelo sinédrio, o próprio Pedro que havia jurado que jamais abandonaria a seu mestre.
Estava tão confuso que acabou abandonando e negando a Jesus diante de uma simples mulher criada do sumo sacerdote, Pedro estava com tanto medo que amaldiçoou ao mestre de Nazaré ao qual ele tinha feito juras de amor e fidelidade. Como homens como Pedro, e os demais discipulos aprenderam a serem tão sinceros e honestos a ponto de expor suas próprias fragilidades, como homens incautos inventariam um personagem tão poderoso, gentil, humilde, o qual foge completamente aos padrões da previsilidade humana, é difícil de acreditar que Pedro, João, Tiago, Mateus, ou qualquer um dos discipulos tivessem a capacidade intelectual para criar um personagem como Jesus, pois nenhum autor por mais criativo que seja nunca chegou nem perto de construir um personagem tão fascinante como o meigo Nazareno. Os autores dos evangelhos estavam tão fascinados com o aparecimento de Jesus, que escreveram uma biografia simples, sem nenhuma paixão intencionalista para promover um herói ou salvador.
O SANGUE DOS DISCÍPULOS COMO TESTEMUNHO
Os discípulos de Jesus deram suas vidas como testemunho da veracidade da sua existência, e de que Ele foi um personagem real, a história do cristianismo está alicerçada sobre o sangue de milhares de cristãos. A história dos mártires revela a confiança dos discípulos no Jesus histórico e como eles davam suas vidas defendendo esta verdade.
O primeiro mártir da história cristã foi o diácono Estevão, escolhido pelos apóstolos para cuidar das viúvas da igreja se destacou pelo seu modo piedoso de viver e pelo fervor da sua pregação, foi apedrejado pelo sinédrio judeu.
Tiago irmão de João foi o primeiro apostolo a ser martirizado em 36 d.C., Clemente diz que o soldado responsável por levá-lo ao banco de réus acabou se convertendo, e confessou que também era cristão, foi decapitado juntamente com Tiago. Isso ocorreu cerca de três anos depois da morte de Jesus, portanto é difícil de acreditar que Tiago tenha morrido sem ter certeza de que Jesus tenha sido
um personagem real.
Até mesmo Tomé o mais incrédulos dos discípulos, foi transformado em um homem valente e cheio de fé, pregou aos medos, partos, persas e outros povos, e segundo a tradição
morreu na Índia atravessado por uma flechada. Qual personagem fictício levaria os discípulos a morrer por amor a ele, nem a mente mais brilhante conseguiria criar um personagem como Jesus, pois o homem procura fama, status, dinheiro e que o mundo gravite em torno de si e das suas necessidades, Jesus mesmo sendo famoso era humilde, simples, sensível as dores alheias, enquanto os homens procuravam a todo custo ter o status de ¨deus¨, Ele sendo o Filho de Deus se curvou diante dos seus discípulos e humildemente lavou os pés deles, por isso os discípulos aprenderam a amar e respeitar a Jesus.
Bartolomeu pregou aos indianos e também traduziu o evangelho de Mateus na língua deles, foi um homem ousado, eloqüente o qual foi perseguido espancado e crucificado na cidade da grande Armênia a fúria dos seus perseguidores era tanta que ainda o esfolaram vivo e depois o decapitaram. Simão o zelote pregou na Mauritânia, África e na Grã Bretanha onde foi crucificado por amor a Jesus.
Felipe foi um grande evangelista o qual pregou o evangelho em Samaria onde várias pessoas se converteram, pregou também ao eunuco etíope, propagou o evangelho entre os bárbaros, padeceu em Hierápolis, cidade da Frígia onde foi considerado um criminoso, foi preso e depois açoitado, e por fim acabou sendo crucificado, não bastasse a dor da crucificação as pessoas ainda lhe atiraram pedras até ele morrer. O sangue derramado por Felipe serviu de motivação para o crescimento da igreja na Frígia.
André o irmão de Pedro, pregou aos cítios e sógdios, aos sacas e na cidade de Sebástopolis, foi crucificado pelo governador Egéias e sepultado em Pátras cidade da Acaia. Segundo Bernado e Cipriano o governador Egéias ficou irritado com o movimento em torno de André e movido por inveja mandou crucifica-lo, André poderia ter salvado sua vida se ele recuasse, mas ao invés de recuar, ele com ousadia declarou que Egéias deveria conhecer o Juiz dos céus e adorá-lo, essas palavras acenderam a ira do governador o qual mandou que o crucificassem imediatamente, mas para seu espanto André não temeu nem se abateu e disse que aguardava ardentemente para morrer pelo seu mestre.
Matias o substituto de Judas Iscariotes, foi apedrejado e decapitado em Jerusalém.
Marcos pregou no Egito, mas alguns lideres não entenderam a mensagem do Jesus ressurreto e movidos pelo ódio, o amararam e o arrastaram para a fogueira, pois para os moradores a única divindade era Serapias. O radicalismo cegou a mente daqueles lideres os quais mataram cruelmente
o evangelista Marcos.
Mateus foi o primeiro publicano a se tornar apostolo, escreveu seu evangelho na língua hebraica, pregou na Partia e na Etiópia, onde sofreu o martírio, sendo morto com uma lança, na cidade de Nadaba, por ordem do rei Hircano. Tiago o irmão de Jesus presidiu a igreja em Jerusalém foi espancado pelos judeus, os quais lhe abriram o cranio com um cassetete.
Judas foi crucificado em Edessa, depois de ter pregado o evangelho em várias cidades.
Lucas escreveu o livro de Atos, e o evangelho como uma fonte histórica para Teófilo, estava com Paulo nas viagens missionárias, morreu ao ser pendurado de uma oliveira pelos sacerdotes gregos.
Pedro foi o apostolo designado por Jesus para ser o líder da igreja, a vida dele foi cheia de altos e baixos, ele era agressivo, incauto, precipitado, e talvez tenha sido o discípulo que mais tenha errado e se metido em problemas. Jesus sabia que Pedro era um homem frágil, e por isso teve um relacionamento mais intimo com ele, á fim de estruturar Pedro para ser o líder da igreja. O período de convivência com Jesus tornou Pedro forte, sincero e honesto, ao ponto de relatar aos discípulos que ele havia negado a Jesus por três vezes.
Qual instituição colocaria Pedro como líder? Provavelmente nenhuma, pois ele não possuía qualificações para exercer a função, certamente levaria a instituição a falência. Jesus não poderia ser fruto da imaginação de Pedro, pois ele certamente não foi um intelectual, foi um simples homem que pregou o evangelho em várias cidades até chegar em Roma, onde trabalhou arduamente semeando a palavra nos corações dos romanos, mas como as perseguições aumentaram os irmãos com medo de que Pedro fosse morto o persuadiram a fugir, mas quando ele chegou na porta de saída da cidade teve uma visão, na qual Jesus apareceu em visão a ele Pedro perguntou a Jesus onde Ele iria, e Jesus respondeu que iria ser novamente crucificado, então Pedro voltou e com uma ousadia incomum pediu para que o crucificassem de cabeça para baixo, pois não se julgava digno de morrer igual ao seu salvador.
Paulo foi um grande perseguidor da igreja desde jovem, consentiu com a morte de Estevão, mesmo não tendo participado diretamente, estava presente e guardou as vestes de Estevão, foi depois disso que ele tornou-se membro do sinédrio e juntamente com os fariseus começou a perseguir implacavelmente a igreja de forma cruel e inumana. Não havia possibilidades de os discipulos de Jesus terem sustentado uma mentira sob o risco de morrer ou serem presos e torturados. Na visão de Paulo o cristianismo era um mau o qual deveria ser arrancado de Israel antes que contaminasse toda a nação, a forma insensível como ele se portava diante do sofrimento alheio mostra o quanto o radicalismo havia bloqueado sua inteligencia. Foi durante uma perseguição em Damasco que Paulo teve um encontro pessoal com Jesus, e sua vida jamais seria a mesma.
A conversão de Paulo causou um impacto profundo tanto na igreja como no sinédrio, alguns discipulos não acreditavam que Paulo de fato fosse um novo discípulo de Jesus, já o sinédrio enfurecido passou a persegui-lo. Depois de sua conversão Paulo foi o discípulo mais perseguido e o que mais sofreu por causa do evangelho, ele trabalhou incansavelmente para propagar o evangelho
em várias cidades pregando para judeus e gentios. Os trabalhos missionários realizados por Paulo serviram para o crescimento da igreja e consolidação do evangelho, pois os apóstolos queriam fazer do cristianismo um neo-judaísmo, onde as práticas cerimoniais da lei deveriam serem realizadas pelos novos discipulos, depois de vários anos de trabalhos Paulo foi preso e enviado para Roma, local onde foi decapitado.
João irmão de Tiago foi o discípulo amado, o qual teve mais afinidade com Jesus, o relacionamento entre ele e Jesus era franco, sincero e cristalino. João juntamente com Pedro e Tiago foi considerado pelos demais discipulos como as colunas da igreja, a afetividade como ele se dirigia as outras pessoas era impressionante, e confortadora, pois ele os tratava como um pai carinho.
As perseguições promovidas pelo sinédrio e pelo império Romano contribuíram para que os discipulos saíssem de Jerusalém e anunciassem o evangelho em outras localidades fundou as igrejas de Esmirna, Sardes, Pérgamo, Filadélfia, Laodicéia e Tiatira. Quando estava em Éfeso foi enviado a Roma onde segundo a tradição foi lançado numa caldeira de óleo fervente, mais para espanto de todos escapou ileso, logo depois foi desterrado pelo imperador Domiciano para a ilha de Patmos.
Domiciano queria ser adorado como um ¨deus¨ e não aceitava a pregação dos discipulos de que Jesus era o Rei que deveria ser adorado por todas as nações. Foi em Patmos que João escreveu o livro do Apocalipse, e depois do assassinato de Domiciano foi libertado por Nervas, e voltou novamente para Éfeso permanecendo ali durante o reinado de Trajano.
Cerca de sessenta anos já haviam se passado da morte de Jesus quando João escreveu o seu evangelho e suas cartas, o tempo não apagou da memoria dele o amor que sentia pelo seu mestre. Ao lermos tanto o seu evangelho como suas cartas vemos o quanto João amava as pessoas, certamente ele herdou essa afetividade do seu mestre, pois quando jovem era impulsivo e cruel chegou ao ponto de querer destruir a cidade de Samaria pelo fato deles não quererem recebe-los, foi repreendido por Jesus. Ao longo dos anos João compreendeu a linguagem do amor falada pelo mestre Jesus e passou a amar sem preconceitos as pessoas, foi o único discípulo que não teve uma morte violenta. Caso Jesus fosse um personagem surreal, ou seja fictício e imaginário provavelmente João depois de cerca de sessenta anos não se lembraria deste personagem, nem tão pouco afirmaria que o amava.
As mudanças ocorridas na personalidades dos discipulos comprovam a verdade de que Jesus foi
um personagem real, mesmo cerca de dois mil anos depois de sua morte Jesus ainda continua realizando mudanças na vida daqueles que crêem em sua existência.
Um personagem literário não atravessaria os séculos e estaria vivo nas mentes e nos corações das pessoas dois mil anos depois de sua invenção e por mais que as pessoas admirassem esse personagem certamente ele
já havia desaparecido com o passar dos anos. O personagem Jesus fosse a todos os paradigmas humanos, pois a própria história comprova que todos aqueles que tinham algum poder queriam ser adorados como se fossem ¨deuses¨, isto ocorreu tanto em séculos passadas, através de reis, imperadores, etc, com também nos séculos considerados modernos, através de Hitler, o qual perguntava aos alemães sobre quem era o ¨deus¨ deles e todos em coro diziam que era Hitler, isto mostra que o desejo de ser ¨deus¨ não morreu com o passar do tempo, e que a personalidade humana é previsível e que o homem não tinha e não tem condições de inventar um personagem como Jesus, o qual mesmo sendo o Filho de Deus amava o ser humano, Ele não ostentava fama nem tão pouco status, e até mesmo os seus discipulos queriam poder ao ponto de discutir quem era o maior, pois pensavam que o objetivo de Jesus era de ser rei, mas quando eles viram Jesus
rejeitar o trono de Israel os discipulos começaram a rever seus conceitos e perceberam o quanto Jesus era diferente.
A grandeza do personagem Jesus não está somente em seus milagres, e curas,
está em suas poderosas mensagens nas quais podemos ver o quanto Ele era diferente de nós, pois
seus ensinamentos são o antidoto das magelas humanas e procuram vacinar o homem contra o
predatorismo, a arrogância, o orgulho e o desamor com o próximo.
Qual escritor criaria um personagem que mesmo sendo rei, rejeitasse o trono?
Qual escritor inventaria um personagem que mesmo sendo famoso, procurava ser anonimo?
Qual escritor criaria um personagem que mesmo sendo mestre se portava como servo?
Qual escritor inventaria um personagem que amasse até mesmo o seu traidor?
Qual escritor criaria um personagem que mesmo estando pendurado na cruz pedia ao seu Pai
para perdoar aos seus inimigos?
Qual escritor inventaria um personagem que dividiria a história?
Jesus viveu uma história de milagres e superações, uma história real e fascinante a qual é descrita
pelos seus discipulos e confirmada pelo sangue dos incontáveis mártires.
O Amor dos discipulos pelo seu Mestre
As mudanças realizadas na personalidade dos discipulos durante o período de convivência com Jesus, gerou neles um amor sincero ao mestre. Esse amor não é apenas passageiro, nem tão pouco carnal, ele trans cede o relacionamento fisiológico, é quase surreal, embora seja real e verdadeiro.
Como negar a existência de um homem que dividiu a própria historia humana, se Jesus fosse apenas
um personagem literal certamente Ele jamais teria dividido a historia, e nem tão pouco despertado
nos discipulos um sentimento de amor, ao ponto deles morrerem por amor á Ele.
Qual personagem literal foi tão longe, ou produziu mudanças na personalidade de alguém?
Convivemos durante anos com nossos cônjuges e muitas vezes não conseguimos nem que ele deixe
as velhas manias, nem mesmo sob juras de amor. Por que?
Talvez porque esse habito ou mania já esteja armazenado na memoria RAM ( Registro Automático da Memoria), e faça parte de sua personalidade.
Mas como explicar o fato de Jesus ter convivido apenas três anos e meio com os discipulos e mudar radicalmente a maneira deles se relacionarem uns com os outros, e a maneira deles verem o mundo a sua volta. O único que não mudou foi Judas Iscariotes, pois seus objetivos eram totalmente diferentes do de Jesus. Qual personagem literal chegou perto de ter a fama de Jesus e ser seguido por diferentes pessoas de diferentes culturas, de diferentes etnias, de diferentes épocas, de diferentes idades, note quantas diferenças Jesus ultrapassou e quantas pessoas Ele conquistou no mundo.
Os discipulos verdadeiramente amaram Jesus ao ponto de darem suas vidas por Ele.
DEFINIÇÕES DAS FONTES INFORMATIVAS
Definir as fontes informativas dos evangelhos é trabalho árduo que requer muito empenho, pois depende exclusivamente de buscas de materiais e estudos comparativos, visando estabelecer qual evangelho é primário e que material foi usado pelo seu autor como fonte informativa, se conseguirmos esse objetivo estaremos no caminho certo para melhor compreensão dos evangelhos .
Há varias especulações quanto aos documentos que foram usados pelos escritores dos evangelhos, segundo as tradições da igreja e estudo comparativo, feito nos evangelhos revelam que Marcos foi o primeiro evangelho a ser escrito, entretanto não se sabe ao certo quais foram os matérias que ele usou á fim de escrever seu evangelho nem se havia algum esboço, o que se sabe é que o seu evangelho foi escrito baseado no relato de testemunha ocular. Agora se outras fontes informativas foram usadas por Marcos é uma icognita, a qual ninguém sabe. Há também várias especulações quanto aos materiais usados como fonte informativa por Mateus e Lucas para escreverem seus evangelhos. Alguns estudiosos acreditam que exista um único documento o qual foi usado como fonte principal pelos autores dos evangelhos sinopticos, já outros pensam haver fontes multiplas, onde cada autor usou sua própria fonte informativa.
Certamente Marcos e Lucas tenham trabalhado juntos nas viagens missionárias de Paulo,ou se conheceram quando Paulo estava preso em Roma e ambos tivessem conversado sobre os acontecimentos que envolveram a vida de Jesus, e talvez Lucas tenha usado o evangelho de Marcos
como fonte informátiva