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quarta-feira, 30 de maio de 2012

Decepcionado com Deus







Quando li pela primeira vez o título do livro de Philip Yancey confesso que fiquei intrigado sobre o seu conteúdo. E ao ler o livro descobri que ele trata de um tema profundo abordando as relatividades humanas diante das circunstancias existenciais.




Descobri que os grandes ícones bíblicos também passaram por momentos de grande decepção, mas entendi que a fé deles foi provada e aprovada por um Deus misterioso que se esconde atrás de uma cortina azul.

O drama de Jó revela como a graça de Deus transcende a lógica humana, qual escritor seria capaz de imaginar que em meio à dor de Jó o grande Elohim se manifestasse de uma forma tão graciosa, para comprovar que existe uma trama terrível contra todos aqueles que O adoram.   
As entrelinhas desta história possuem lições extraordinárias, a morte dos filhos, a perda dos bens, a rejeição de sua mulher, as acusações de seus pseudos-amigos, a angústia por sofrer sem nenhum motivo aparente.

De acordo com Caio Fábio não fomos ensinados a enxergar amor e cuidado no sofrimento e na dor. Para nós “somente todas as coisas boas” são as que “cooperam para o bem daqueles que amam a Deus”. Mas, quando temos que nos confrontar, especialmente na vida do próximo, com o efeito-sofrimento, aparentemente sem causa – ou mesmo quando há “causas”, mas as tragédias se mostram maiores que suas “causas aparentes” -, então, facilmente, assumimos a Teologia Moral de Causa e Efeito dos “amigos de Jó”, como explicação para o mal-absurdo e, assim, satanizamos ao nosso próximo.

Contudo o que não entendo é por que Deus age de forma quase imperceptível aos nossos olhos, por que Ele se esconde quando clamamos, e por que Ele não respondeu nem ao seu filho.
Essas indagações perturbam minha alma e, sobretudo são perguntas que estão presentes no livro de Jó.

Tens tu, porventura, olhos de carne?
Vê tu como vê o homem?
São os teus dias como os dias do homem?
Ou são os teus anos como os anos de um homem (Jó 10:4-5)

Jó acusa Deus de ser indiferente a sua dor, de não compreender seu sofrimento, por isso o personagem do oriente médio faz transferência para Deus como se Ele fosse o culpado pelo seu estado de aflição.

Todos nós em algum momento da vida nos sentimos fragilizados por causa das intempéries avassaladoras, tais como: crise na vida conjugal, onde o casamento está prestes a desmoronar, crise no mundo corporativo por não ter o emprego dos sonhos, ou porque a empresa não esta bem.

De modo que as pessoas se decepcionam com o "deus" criado pelos conchaves da religião, pois aprenderam a viver debaixo de credos, e de tradições construídas pelo próprio homem, sim aprenderam a complicar as coisas simples, e por isso caíram nas garras da religiosidade, a qual coloca estereótipos em Deus, que são anti-biblicos.

Portanto o Deus bíblico, e o “deus da religião são pessoas” distintas, mas infelizmente nos aproximamos mais do "deus" da religião do que do Deus da bíblia, e por isso sofremos grandes desilusões, pois o "deus" da religião foi criado com o intuito de justificar as vaidades da própria religião. Quando Karl Marx disse que a religião é o opio do povo, sob certos aspectos ele tinha razão, pois a conotação religiosa acerca de Deus é desastrosa.
Alias é por causa da religião que as pessoas têm o seguinte lema:

 Deus é o responsável pelos meus fracassos, e eu pelos meus sucessos.

Esses pensamentos difusos revelam os vários processos de ambivalência que invadem a mente das pessoas quando elas estão com problemas. Além do mais não compreendemos que a graça de Deus pode estar agindo em nossas vidas como um antídoto para remover o narcisismo da nossa alma.

Em momentos de crise esperamos uma ação sobrenatural de Deus, todavia nos surpreendermos quando ouvimos uma voz doce e suave nos chamando para sair da caverna.

A caverna limita o nosso entendimento e distorce a realidade existencial, por isso é necessário sair da caverna para obter a resposta de Deus. A caverna é local onde nossa vida é solapada pelas adversidades, local onde o profeta de fogo passou por várias crises de depressão, de modo que na caverna Elias era apenas um mero mortal necessitado do socorro de Deus para tratar sua alma angustiada e deprimida.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

O HORIZONTE DAS INCERTEZAS


Os processos existenciais tendem a fazer com que o ser humano trilhe caminhos desconhecidos que produzem na sua psique vários fenômenos inconscientes, os quais geram a ansiedade, e o medo das incertezas do futuro.

A relatividade atemporal no que tange ao futuro é algo que intriga, e instiga o individuo a fazer projeções de vida, objetivando novas conquistas tanto para sua vida pessoal, como para seus negócios.


Contudo caminhamos pela linearidade temporal carregando um karma de limitações advindas do código genético, do processo de socialização cultural. Essas limitações restringem a nossa comosvisão do mundo como um todo, e nos faz termos apenas uma visão angular do mundo, isso ocorre pelo fato de que muitas vezes não saímos da protocélula materna, a fim de obtermos novas experiências de vida, e não expandimos os nossos horizontes.

A única coisa que nos faz ir além são os sonhos, pois eles têm o poder de transportar o homem para o futuro, e imaginar coisas que ainda não existem, essa fagulha divina move o ser humano.
  
 O que seria da humanidade sem os sonhos, não haveria luz, computador, internet, avião, carro, e todas as tecnologias que utilizamos de forma banal no nosso cotidiano. Os sonhos alimentam a vida, e nos fazem superar as adversidades.
Todavia muitas vezes ocorre o engessamento das potencialidades facultativas das pessoas, simplesmente  por  elas perdem a capacidade de sonhar.

A criança e o sábio

Um dia uma criança chegou diante de um pensador e perguntou-lhe:
"Que tamanho tem o universo?" Acariciando a cabeça da criança, ele olhou
para o infinito e respondeu: "O universo tem o tamanho do seu mundo.”.
Perturbada, ela novamente indagou: "Que tamanho tem o meu mundo?”.
O pensador respondeu: "Tem o tamanho dos seus sonhos.”.


Se os seus sonhos são pequenos, sua visão será pequena, suas metas serão limitadas, seus alvos serão diminutos, sua estrada será estreita, sua capacidade de suportar as tormentas será frágil. Muitas pessoas se auto limitam através do conformismo, ao se julgarem incapazes de conquistarem seus sonhos

Os Sonhos Movem a Humanidade

Há um grande entrave em relação a quem foi o inventor do avião, para os brasileiros e franceses foi o brasileiro Alberto Santos Dumont realizou o primeiro voo motorizado da história. A bordo de seu avião 14-Bis, o aviador sobrevoou por 220m o Campo de Bagatelle, em Paris, a 6m de altura, no dia 23 de outubro de 1906. A façanha conferiu ao aviador brasileiro o honroso título de “pai da aviação”.
Entretanto a paternidade da aviação foi contestada em 1908 pelos irmãos norte-americanos Wilbur e Orville Wright. Eles alegaram que tinham realizado o primeiro voo motorizado da história no dia 17 de dezembro de 1903, na cidade de Kitty Hawk, na Carolina do Norte (EUA), quando conseguiram voar 36,5 metros durante 12 segundos com sua aeronave Flyer 1. O fato é considerado em parte do mundo, especialmente nos Estados Unidos, como sendo o voo pioneiro.
   
O que quero salientar não é quem foi o pioneiro da aviação e sim que pessoas diferentes morando em lugares diferentes tinham o mesmo sonho de um dia voar. Santos Dumont não conhecia os irmãos Wright, mas eles estavam ligados por um sonho de construir uma máquina mais pesado que o ar e fazê-la voar.
Você notou a importância dos sonhos, e como eles movem as pessoas a se aventurarem no desconhecido, a vencerem grandes desafios que pareciam intransponíveis.

O livro Quem Mexeu no Meu Queijo fala acerca do poder da resiliência, e nos estimula a sempre procurarmos novos desafios, e a sairmos da zona de conforto, a expandir nossos horizontes, a se reciclar.
Estamos em um grande labirinto chamado vida e constantemente precisamos encontrar nosso queijo, alguns precisam achar o queijo da felicidade no relacionamento, já outros o queijo da realização profissional.
Mas como sair da zona de conforto, como quebrar a casca do ovo e descobrir a vida, essas questões bombardeiam a nossa mente todos os dias.

O maior mestre da história sempre consultava seus discípulos acerca da opinião popular sobre a sua pessoa. E era esse feedback relacional que o fazia analisar melhor o impacto da sua mensagem na vida das pessoas.

Jesus foi um grande vendedor de sonhos que sabia resgatar o Self (ferramenta que gerencia o eu) das pessoas, e as estimulava a sonhar, Ele semeava sonhos nos corações dos seus discípulos.

Jesus tinha todos os motivos para ser depressivo, intolerante, irritadiço, pois quando pequeno sua família teve que fugir para o Egito, a fim de salvar sua vida, ainda jovem a vida o golpeou com a morte de seu pai José, e Ele teve que cuidar da sua mãe e de seus irmãos. Dia após dia trabalhava na carpintaria herdada de seu pai, trabalhou com as ferramentas que um dia seria usadas para matá-lo, mas mesmo com tantas adversidades Ele foi uma pessoa feliz, frequentava festas, ria, chorava, se emocionava.  

E demonstrou para a humanidade que é possível vencer os desafios, que é possível ser feliz, que os horizontes das incertezas são nosso labirinto existencial.