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quinta-feira, 11 de agosto de 2016

PAULO: O PERDÃO LIBERTA




PAULO: O PERDÃO LIBERTA

De: Paulo, prisioneiro de Jesus Cristo, e o irmão Timóteo.


Para: Filemom, nosso amado e cooperador e também à nossa amada Áfia, e a Arquipo, nosso camarada, e à igreja que está em tua casa: Graça a vós e paz da parte de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.


Querido Filemom, dou sempre graças ao meu Deus, lembrando-me sempre de ti nas minhas orações.
Minha gratidão a Deus por tua vida aumenta sempre que ouço do teu amor e da fé que tens para com o Senhor Jesus Cristo, e para com todos os filhos de Deus.
Assim, Filemom, minha oração a Deus é para que a vivência da tua fé expresse eficazmente o conhecimento de todo o bem que há em Cristo Jesus em nosso favor.
Minha alegria cresce em gozo e consolação quando sei do teu amor pelos irmãos, porque por ti, querido Filemom, a afetividade de muitos têm sido refeita.
Ora, mesmo sabendo quem sou para ti, quem és para mim e para os irmãos, e, sobretudo, sabendo de teu amor verdadeiro para com o Evangelho—ainda que eu tenha em Cristo grande confiança para te mandar o que te convém—todavia, preferi fazer-te um pedido de amor.
Sim! Peço apenas por amor, e não fundado em minha autoridade pessoal, mesmo que eu seja quem sou: Paulo, o velho batalhador do Evangelho, e também agora até prisioneiro por amor a Jesus Cristo.
Sim, meu amado irmão, peço-te em favor de meu filho Onésimo, que gerei nas minhas prisões.
Ele nasceu no cárcere que hoje me prende, mas que não prende a Palavra de Deus.
Tenho consciência do que aconteceu entre vós.
Sei também que noutro tempo Onésimo te foi inútil—aliás, negando o significado de seu próprio nome, que significa “útil”—, mas agora ele aprendeu a fazer jus ao próprio nome, e tornou-se útil a mim e poderá ser muito útil a ti também.
Informo-te que o estou enviando de volta a tua casa. Peço que o recebas como se nele estivessem as minhas próprias vísceras. Recebe-o como se fosse a mim que acolhesses.
E assim faço, não porque eu não precise dele. Ao contrário, eu bem quisera conservá-lo comigo, para que em teu lugar me servisse nas minhas prisões por causa do evangelho.
Eu, todavia, nada quis fazer sem o teu consentimento, para que o teu gesto seja espontâneo e não o fruto do constrangimento e nem seja realizado com parcimônia.
Tu sabes que tais coisas tornam-se benefícios espirituais apenas quando o coração é voluntário no que faz.
Minha convicção é que o que aconteceu entre ti e ele carrega um desígnio maior. De fato, creio que bem pode ser que ele tenha sido separado de ti por algum tempo a fim de que o tivesses para sempre.
Agora, obviamente, já não já como escravo, conforme as leis romanas, mas como alguém que é muito mais que servo. Envio Onésimo a ti como irmão amado, particularmente de mim, e com muito maior razão de ti—pois, não há mais nenhuma discriminação, seja na carne...seja no SENHOR!
Assim, meu querido irmão, se me tens por companheiro, recebe-o como se fosse a mim mesmo.
E, se te causou algum dano, ou se te deve alguma coisa, põe isso tudo em minha conta.
E lembra-te de quem está te solicitando tudo isto.
Sim! Eu, Paulo, de minha própria mão o escrevi.
Eu pagarei tudo!
Isto para não te lembrar que no Evangelho tu deves a tua vida a mim.
Sei que posso te dizer tais coisas, pois tens a mente de Cristo.
Sei também que muito me regozijarei de ti no Senhor pelo entendimento que tens em Cristo acerca do que te solicito. Assim, pois, recreia as entranhas do meu ser com teu amor e com o teu afeto, fazendo-me este bem no Senhor.
Escrevi tudo isto confiado na maturidade de tua consciência, pois tua obediência ao Evangelho fará com que faças ainda mais do que estou pedindo.
Peço-te também que me prepares pousada, porque espero que pelas vossas orações eu hei de ser entregue aos cuidados do vosso amor para comigo.
Saudações de Epafras, meu companheiro de prisão por Cristo Jesus. Também Marcos, Aristarco, Demas e Lucas, meus cooperadores, te mandam abraços fraternos.
A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com o vosso espírito.

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