Pesquisar este blog

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Decepcionado com Deus 2


A desilusão com Deus nem sempre surge de uma forma tão marcante. Para mim, ele também aparece inesperada­mente nos detalhes corriqueiros da vida diária.
 
Descobri que pequenos desapontamentos tendem a se acumular com o passar do tempo. Começo a imaginar se Deus de fato se importa com os detalhes da minha vida, ou se ele se importa comigo.

Sou tentado a orar com menos freqüência, tendo chegado antecipadamente à conclusão de que não vai adiantar. Ou vai? Minhas emoções e minha fé oscilam.


Quan­do essas dúvidas se instalam, estou ainda menos preparado pa­ra épocas de grandes crises. Uma vizinha está morrendo de cân­cer; oro diligentemente por ela. Mas, mesmo enquanto oro, fico pensando: Pode-se confiar em Deus? Se tantas orações pequenas ficam sem resposta, que dizer das grandes?

As lutas diárias da vida parecem bem distantes das frases otimistas e triunfalistas sobre o amor e o interesse pessoal de Deus que ouço às vezes em igrejas evangélicas. Até mesmo a Bíblia parece confundir: contém tantas tragédias quantos triunfos. O que podemos esperar de Deus afinal?

Certa manhã, liguei a televisão, e  ouvi um tele-evangelista dizer: "Estou com raiva de Deus", disse com um olhar furioso. Parecia uma confissão surpreendente da parte de um homem que havia feito carreira em cima da idéia de "fé do ta­manho da semente de mostarda". Durante anos tinha prega­do que Deus intervém diretamente em favor de seus seguidores.

Mas, disse ele, Deus o tinha decepcionado, e ele passou a ex­plicar. Deus lhe dera ordens para que edificasse um grande ministério e, no entanto, o projeto se revelou um desastre fi­nanceiro. Agora ele era obrigado a vender propriedades a preço baixo e a reduzir programas. Ele tinha feito sua parte do acordo, mas Deus não tinha.

Algumas semanas depois vi novamente o evangelista na televisão. Dessa vez ele estava transpirando fé e confiança. In­clinou-se em direção à câmera, o rosto enrugado se abrindo num amplo sorriso, e apontou o dedo para um milhão de espectadores. Algo bom vai acontecer com você nesta semana! — disse, esticando ao máximo a palavra "bom". Era como um bom vendedor, profundamente convincente. Alguns dias de­pois, contudo, ouvi pelo noticiário que seu filho havia se suici­dado. Não pude deixar de imaginar o que o evangelista disse para Deus naquela semana fatídica.

Aconteceu com pessoas como o tele-evangelista,  e acontece com cris­tãos comuns. Primeiro surge o desapontamento, então uma se­mente de dúvida, depois uma reação confusa de ira ou de sen­sação de ser traído. Começamos a questionar se Deus é digno de confiança, se de fato podemos confiar a ele as nossas vidas.

Sei que alguns cristãos rejeitariam sem mais nem menos a expressão "decepção com Deus". Tal idéia é inteiramente errada, dizem. Jesus prometeu que a fé do tamanho de uma semente de mostarda é capaz de transportar montanhas, que qualquer coisa pode acontecer se dois ou três se reunirem pa­ra orar. A vida cristã é uma vida de vitória e triunfo. Deus quer que sejamos felizes e prósperos e que tenhamos saúde; qualquer outra condição revela uma falta de fé.

O divorcio dos Pais de Richard

  Fiz tudo o que podia para evitar o divórcio — disse. — Eu tinha acabado de me tornar um cristão na universidade, e fui tolo bastante para crer que Deus se importava. Eu ora­va sem parar de dia e de noite para que eles se reconciliassem. Cheguei até mesmo a deixar a escola por um tempo e fui pa­ra casa para tentar salvar a minha família. Pensei que estava fazendo a vontade de Deus, mas acho que tornei as coisas pio­res. Foi minha primeira experiência amarga de oração sem res­posta.

O fim do noivado e a frustação por não conseguir emprego

Em seguida me falou de uma oportunidade de emprego que não deu certo. O empregador deu para trás e contratou alguém com menos qualificações, deixando Richard com dívi­das na escola e sem qualquer fonte de renda. Mais ou menos na mesma época, a noiva de Richard o largou. Sem qualquer aviso ela cortou o relacionamento, recusando-se a dar qual­quer explicação para sua repentina mudança afetiva. Sharon, a noiva, havia tido um papel fundamental no crescimento espi­ritual de Richard, e, quando ela o deixou, ele sentiu parte de sua fé também escapar de suas mãos. Eles freqüentemente ha­viam orado juntos acerca do futuro deles; agora essas orações pareciam piadas de mau gosto.

Dolorosas feridas de rejeição, sofridas quando seus pais se separaram, pareciam reabrir. Deus estava dando o fora ne­le assim como Sharon tinha feito? Ele visitou um pastor em busca de conselho. Disse que sentia-se como uma pessoa se afo­gando. Queria confiar em Deus, mas, sempre que estendia a mão para cima, apanhava um punhado de ar vazio. Por que devia continuar crendo num Deus que aparentemente não se interessava em seu bem-estar?

 

AS PERGUNTAS QUE NINGUÉM FAZ EM VOZ ALTA


1.  Deus é injusto? Richard havia tentado seguir a Deus, mas ainda assim sua vida se destroçou. Como seus desaponta­mentos se reconciliavam com as promessas bíblicas de recom­pensas e felicidade? E que dizer das pessoas que negam aberta­mente a Deus, mas assim mesmo prosperam? É uma velha quei­xa, tão velha quanto Jó e os Salmos, mas continua sendo uma pedra de tropeço para a fé.

2.  Deus está calado? Três vezes em que se defrontou com escolhas cruciais em sua vida educacional, profissional e afeti­va, Richard implorou a Deus que lhe desse orientação clara. Em cada uma dessas vezes imaginou que tinha percebido a von­tade de Deus, para no final descobrir que aquela escolha tinha conduzido ao fracasso. "Que tipo de Pai é ele?" Richard inda­gou. "Ele tem satisfação em me ver dando com a cara no chão? Disseram-me que Deus me ama e tem um plano maravi­lhoso para minha vida. Ótimo. Então por que ele não me con­ta que plano é esse?"

3.  Deus está escondido? Acima de todas, essa pergunta obcecava Richard. Para ele parecia que um mínimo irredutí­vel, uma questão fundamental da teologia, era que Deus devia de algum modo provar sua própria existência: "Como posso manter um relacionamento com uma Pessoa que nem mesmo sei se existe?" No entanto, para Richard parecia que Deus ha­via-se escondido de propósito, até daqueles que o procuravam. E, naquela madrugada dramática, quando a vigília de Richard não obteve resposta, ele simplesmente não quis mais saber de Deus.

Em momentos de crise esperamos uma ação sobrenatural de Deus, todavia nos surpreendermos quando ouvimos uma voz doce e suave nos chamando para sair da caverna.

O fato é que não estamos acostumados a parar, para ouvir o que Deus tem a nos dizer, e por isso não ouvimos a sua voz.  Lembro-me de um amigo que estava com o casamento marcado, todos os moveis comprados, já havia recebido vários presentes, entretanto Deus falou que não era para ele se casar com aquela moça.

O jovem Jó terminou o noivado, e devolveu todos os presentes que tinha ganhado, a família da noiva se revoltou contra ele, pois não havia motivo aparentes para o rompimento do noivado faltando apenas 15 dias para o casamento.  Contudo o que ninguém sabia é que a jovem tinha um caso com o seu ex-namorado que estava preso, o visitando frequentemente na cadeia.  A grande causa das nossas decepções com Deus ocorre por que não somos obedientes quando ouvimos sua voz.   

Mas,  quando a pessoa é  obediente, e Deus não responde a sua oração?

Existem perguntas que não precisam de respostas, pois Deus é tão sábio que até no silêncio Ele nos ensina.  Entretanto as pessoas querem que suas orações sejam respondidas na mesma rápidez que um fast-food é feito. As nossas expectativas estão fundamentadas na religiosidade e não em um relacionamento sincero e profundo com Deus.

Jesus o Deus-encarnado é o modelo fiel do Pai, e quando as pessoas queriam que ele realizasse algum milagre, ele não fazia, enquanto as pessoas matavam para ter fama Jesus queria se esconder atrás do anonimato.

Portanto entendo o sentimento de frustação quando uma oração não é respondida, mas será que o pedido está de acordo com a vontade de Deus ?

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

PAULO: O PERDÃO LIBERTA




PAULO: O PERDÃO LIBERTA

De: Paulo, prisioneiro de Jesus Cristo, e o irmão Timóteo.


Para: Filemom, nosso amado e cooperador e também à nossa amada Áfia, e a Arquipo, nosso camarada, e à igreja que está em tua casa: Graça a vós e paz da parte de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.


Querido Filemom, dou sempre graças ao meu Deus, lembrando-me sempre de ti nas minhas orações.
Minha gratidão a Deus por tua vida aumenta sempre que ouço do teu amor e da fé que tens para com o Senhor Jesus Cristo, e para com todos os filhos de Deus.
Assim, Filemom, minha oração a Deus é para que a vivência da tua fé expresse eficazmente o conhecimento de todo o bem que há em Cristo Jesus em nosso favor.
Minha alegria cresce em gozo e consolação quando sei do teu amor pelos irmãos, porque por ti, querido Filemom, a afetividade de muitos têm sido refeita.
Ora, mesmo sabendo quem sou para ti, quem és para mim e para os irmãos, e, sobretudo, sabendo de teu amor verdadeiro para com o Evangelho—ainda que eu tenha em Cristo grande confiança para te mandar o que te convém—todavia, preferi fazer-te um pedido de amor.
Sim! Peço apenas por amor, e não fundado em minha autoridade pessoal, mesmo que eu seja quem sou: Paulo, o velho batalhador do Evangelho, e também agora até prisioneiro por amor a Jesus Cristo.
Sim, meu amado irmão, peço-te em favor de meu filho Onésimo, que gerei nas minhas prisões.
Ele nasceu no cárcere que hoje me prende, mas que não prende a Palavra de Deus.
Tenho consciência do que aconteceu entre vós.
Sei também que noutro tempo Onésimo te foi inútil—aliás, negando o significado de seu próprio nome, que significa “útil”—, mas agora ele aprendeu a fazer jus ao próprio nome, e tornou-se útil a mim e poderá ser muito útil a ti também.
Informo-te que o estou enviando de volta a tua casa. Peço que o recebas como se nele estivessem as minhas próprias vísceras. Recebe-o como se fosse a mim que acolhesses.
E assim faço, não porque eu não precise dele. Ao contrário, eu bem quisera conservá-lo comigo, para que em teu lugar me servisse nas minhas prisões por causa do evangelho.
Eu, todavia, nada quis fazer sem o teu consentimento, para que o teu gesto seja espontâneo e não o fruto do constrangimento e nem seja realizado com parcimônia.
Tu sabes que tais coisas tornam-se benefícios espirituais apenas quando o coração é voluntário no que faz.
Minha convicção é que o que aconteceu entre ti e ele carrega um desígnio maior. De fato, creio que bem pode ser que ele tenha sido separado de ti por algum tempo a fim de que o tivesses para sempre.
Agora, obviamente, já não já como escravo, conforme as leis romanas, mas como alguém que é muito mais que servo. Envio Onésimo a ti como irmão amado, particularmente de mim, e com muito maior razão de ti—pois, não há mais nenhuma discriminação, seja na carne...seja no SENHOR!
Assim, meu querido irmão, se me tens por companheiro, recebe-o como se fosse a mim mesmo.
E, se te causou algum dano, ou se te deve alguma coisa, põe isso tudo em minha conta.
E lembra-te de quem está te solicitando tudo isto.
Sim! Eu, Paulo, de minha própria mão o escrevi.
Eu pagarei tudo!
Isto para não te lembrar que no Evangelho tu deves a tua vida a mim.
Sei que posso te dizer tais coisas, pois tens a mente de Cristo.
Sei também que muito me regozijarei de ti no Senhor pelo entendimento que tens em Cristo acerca do que te solicito. Assim, pois, recreia as entranhas do meu ser com teu amor e com o teu afeto, fazendo-me este bem no Senhor.
Escrevi tudo isto confiado na maturidade de tua consciência, pois tua obediência ao Evangelho fará com que faças ainda mais do que estou pedindo.
Peço-te também que me prepares pousada, porque espero que pelas vossas orações eu hei de ser entregue aos cuidados do vosso amor para comigo.
Saudações de Epafras, meu companheiro de prisão por Cristo Jesus. Também Marcos, Aristarco, Demas e Lucas, meus cooperadores, te mandam abraços fraternos.
A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com o vosso espírito.