ROSTOS
SEM IDENTIDADE
Cheios
de expectativa e tensão, os calouros da faculdade de medicina ficam
chocados ao encontrar, em sua primeira aula de anatomia, a triste
cena de corpos sem identificação, estendidos sobre o mármore
branco. Marco Polo, um brilhante e audacioso aspirante a psiquiatra,
não consegue aceitar a frieza com que os professores se referem aos
corpos, dizendo que ali a identidade não importa.
À
procura de informações sobre esses personagens aparentemente sem
passado, Marco Polo se depara com um mundo de sonhos frustrados,
futuros desfeitos e esperanças perdidas. Quem o guia nessa jornada é
o excêntrico Falcão, um mendigo que conhece a fundo a mente humana.
Apesar da difícil situação em que vive, Falcão recupera a sua
alegria inata ao conviver com o jovem sonhador.
Estimulado
pelo novo amigo, o recém-formado Marco Polo lança-se numa arriscada
batalha contra professores e médicos de renome internacional para
tentar mudar a abordagem clássica da psiquiatria, criticando os
paradigmas da medicina, a indústria do preconceito e o sistema
social.
Tendo
a vida de Marco Polo como fio condutor desta comovente e vibrante
narrativa, O
futuro da humanidade nos
leva a uma fascinante viagem pelo mundo da psicologia, introduzindo
conceitos da ciência de forma simples e nos fazendo refletir sobre o
rumo que a sociedade está tomando.
Todos
os dias ao chegar no trabalho subo de elevador até o 13º Andar,
deparo-me com várias pessoas, sei que todas elas tem uma história,
no entanto muitas fingem que não estou ali, pois elas
não me percebem, assim com também não as percebo.
As
vezes chego a conjecturar que sou um mero cadáver perambulando pelas
ruas de uma cidade grande, dissecado
pelas relações frias e distantes, pela falta de altruísmo, pela
nulificação do
próximo.
Ora, é bem provável que isso ocorra, porque estamos acostumados a viver em um mundo em que as pessoas agem na expectativa de reciprocidade.
Ora, é bem provável que isso ocorra, porque estamos acostumados a viver em um mundo em que as pessoas agem na expectativa de reciprocidade.
A
ação traz uma reação. Infelizmente,
não se encontra sabor em relações desinteressadas. A suposta
amizade vive de expectativas.
O
que o outro pode me proporcionar?
Que
ganho haverei de ter ao ir a tal evento?
Quem
é fulano?
O
que ele faz?
É
filho de quem?
Tempos
em que os adornos valem mais do que o essencial. Tristes tempos. As
amizades interesseiras têm prazo de validade. As relações são
inconsistentes. É comum, em um círculo de amigos, cada qual falar
de si mesmo como um hobby. Uma geração narcisista. O pronome mais
utilizado é o de primeira pessoa: "eu' Tristes tempos, repito.
Tempos
de escassez de atitudes de misericórdia - descartar uma pessoa é
mais fácil do que se desfazer de um objeto de estimação. Falta
estima pelo ser humano. Vivemos em uma sociedade em que o consumo
coisifica a pessoa Quanto mais se tem, mais se deseja e, quando não
se tem, o desejo também faz questão de ficar. Falta um sonho de
vida e sobram angústias pelas ausências desse sonho.
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