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sábado, 19 de outubro de 2013

ROSTOS SEM IDENTIDADE


Cheios de expectativa e tensão, os calouros da faculdade de medicina ficam chocados ao encontrar, em sua primeira aula de anatomia, a triste cena de corpos sem identificação, estendidos sobre o mármore branco. Marco Polo, um brilhante e audacioso aspirante a psiquiatra, não consegue aceitar a frieza com que os professores se referem aos corpos, dizendo que ali a identidade não importa.

À procura de informações sobre esses personagens aparentemente sem passado, Marco Polo se depara com um mundo de sonhos frustrados, futuros desfeitos e esperanças perdidas. Quem o guia nessa jornada é o excêntrico Falcão, um mendigo que conhece a fundo a mente humana. Apesar da difícil situação em que vive, Falcão recupera a sua alegria inata ao conviver com o jovem sonhador.

Estimulado pelo novo amigo, o recém-formado Marco Polo lança-se numa arriscada batalha contra professores e médicos de renome internacional para tentar mudar a abordagem clássica da psiquiatria, criticando os paradigmas da medicina, a indústria do preconceito e o sistema social.

Tendo a vida de Marco Polo como fio condutor desta comovente e vibrante narrativa, O futuro da humanidade nos leva a uma fascinante viagem pelo mundo da psicologia, introduzindo conceitos da ciência de forma simples e nos fazendo refletir sobre o rumo que a sociedade está tomando.

Todos os dias ao chegar no trabalho subo de elevador até o 13º Andar, deparo-me com várias pessoas, sei que todas elas tem uma história, no entanto muitas fingem que não estou ali, pois elas não me percebem, assim com também não as percebo. As vezes chego a conjecturar que sou um mero cadáver perambulando pelas ruas de uma cidade grande, dissecado pelas relações frias e distantes, pela falta de altruísmo, pela nulificação do próximo.
Ora, é bem provável que isso ocorra, porque estamos acostumados a viver em um mundo em que as pessoas agem na expectativa de reciprocidade.

A ação traz uma reação. Infelizmente, não se encontra sabor em relações desinteressadas. A suposta amizade vive de expectativas.
O que o outro pode me proporcionar?
Que ganho haverei de ter ao ir a tal evento?
Quem é fulano?
O que ele faz?
É filho de quem?

Tempos em que os adornos valem mais do que o essencial. Tristes tempos. As amizades interesseiras têm prazo de validade. As relações são inconsistentes. É comum, em um círculo de amigos, cada qual falar de si mesmo como um hobby. Uma geração narcisista. O pronome mais utilizado é o de primeira pessoa: "eu' Tristes tempos, repito.

Tempos de escassez de atitudes de misericórdia - descartar uma pessoa é mais fácil do que se desfazer de um objeto de estimação. Falta estima pelo ser humano. Vivemos em uma sociedade em que o consumo coisifica a pessoa Quanto mais se tem, mais se deseja e, quando não se tem, o desejo também faz questão de ficar. Falta um sonho de vida e sobram angústias pelas ausências desse sonho.



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