O
grande desafio da humanidade na atualidade está no campo das relações humanas,
uma vez que não se encontra sabor em relações desinteressadas. A suposta
amizade vive de expectativas. O que o outro pode me proporcionar? Que ganho
haverei de ter ao ir a tal evento? Quem é fulano? O que ele faz? É filho de
quem?
A cada dia as pessoas estão mais distantes do outro,
e por isso as relações são inconsistentes.
Infelizmente descartar
uma pessoa é mais fácil do que se desfazer de um objeto de estimação. Falta
estima pelo ser humano.
A
falta de afetividade relacional é um problema antigo, que foi descrito por
Jesus na história do Bom Samaritano. Nessa história ocorrem encontros humanos
de dor, de lágrimas, de abandono de acolhimento de cuidado e de amor. O viajante
era um adorador que tinha saído de Jerusalém e retornava para sua terra natal
Jerico só que no meio do caminho foi interceptado por assaltantes.
O
primeiro encontro humano descrito por Jesus é de dor, de sofrimento de
lágrimas. Todos nós em algum momento da nossa jornada iremos ter encontros
humanos de dor, de lágrimas, de decepção. O assaltante é aquele que causa
sofrimento, que rouba a alegria, que causa dor.
O prazer do assaltante
é deixar você caído, sem esperança é ver você humilhado.
O segundo encontro poderia ter sido um encontro com a vida, todavia tornou-se um encontro de decepção. Isto porque o compromisso do sacerdote e do levita era com a religiosidade, com o status social, com as tradições e ritos, contudo eles não tinham compromisso com o amor.
O mal disfarçado de
bem, a religiosidade disfarçada de piedade, estes homens tinham o dever moral
de ajudar o viajante.
O viajante abandonado pela religião foi encontrado pelo amor, pela graça de um cidadão marginalizado pelos seus pares. O samaritano é um homem comum sem status social, sem pedigree religioso. Um homem disposto a ajudar seu próximo, um homem com o amor de Cristo em seu coração.
Samaritano e viajante celebraram a vida, a
generosidade, a compaixão, o amor.
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