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sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Quando a Vida se torna Mecânica


No livro “O Mágico de Oz” há quatro personagens: a menina Dorothy, o espantalho, o homem de lata e o leão covarde, eles estão em busca de algo, por isso precisam cumprir uma missão, para conquistar aquilo que tanto almejam, e nessa trajetória eles compreendem que quem determina o nosso destino são as nossas próprias escolhas.

Dorothy vive com seu tio Henry e sua tia Emily em uma fazenda no Kansas, que um dia foi alvo de um tornado. A casa é transportada pelo ciclone para um mundo mágico, onde Dorothy e seu cãozinho Totó são recepcionados pela Bruxa boa do Norte e pelos cidadãos de Oz. 
Ela se aventura pelo colorido e novo mundo que acaba de descobrir. Tentando voltar para casa conhece pelo caminho um espantalho, um leão e um homem de lata, os quatro se unem, para encontrar o mágico de Oz, que poderá realizar os seus mais íntimos desejos.

Dorothy é uma menina valente que se torna líder do complexo grupo de viajantes;
O Espantalho é um boneco feito de palha, o qual acredita que não tem cérebro;
O Homem de Lata é um lenhador que acredita não poder mais amar;
O Leão é um covarde que precisa superar seus medos;

  As limitações dos personagens supracitados foram produzidas por suas próprias crenças, e por isso eles precisam passar por um processo de superação, e para isso cada deles precisa se redescobrir e superar sua própria limitação; o espantalho é o mais inteligente, tem ideias fantásticas, mas acredita que não pode pensar já o lenhador é alguém sensível, cujas emoções afloram toda vez que algo acontece, contudo ele conjectura que não tem coração, e o leão é um animal corajoso que enfrenta os animais da floresta, mas pensa que é covarde.      

De acordo com a Etiologia das emoções quanto menos maturidade tem uma pessoa, mais transferência ela tende a fazer, e por isso é preciso desconstruir os paradigmas que petrificam o fluxo emocional, e bloqueiam os sentimentos.
É a maturidade emocional das pessoas que determina a forma como elas interpretam a realidade: o espantalho, o lenhador, e o leão tinham uma cosmovisão pessimista da vida, já a menina Dorothy era puro otimismo.

O lenhador se apaixonou por uma moça que vivia com uma velha egoísta, cujo desejo era que ela não se casasse com ninguém, pois queria que ficasse cozinhando para ela e tomando conta de sua casa. Essa velha faz de tudo para persuadir a mocinha a não se casar com o lenhador, entretanto ao não conseguir que ela mude de ideia, a velha vai até uma bruxa pedir um feitiço que impeça o casamento dos dois, a bruxa enfeitiça o machado do lenhador, e toda vez que ele o utiliza, o machado decapita parte de seu corpo, e por fim o machado destrói os sentimentos do lenhador pela moça.  

Conheci famílias que se dividiram, por os pais não aceitaram as escolhas de seus filhos, não seria isso a síndrome do machado enfeitiçado que produz infelicidade, e desamor.

O homem de carne e osso foi reconstruído todo de lata, e perdeu a capacidade de amar, de sentir, de se apaixonar, sua vida se tornou mecânica, e todo homem de lata não pensa nas consequências de suas ações, se suas palavras machucam, se seus casos extraconjugais vão ferir sua esposa (o), ele apenas pensa em si.

Quando Dorothy encontrou o homem de lata já fazia um ano que ele não conseguia se mexer, pois estava enferrujado, talvez já faça algum tempo que a vida para você perdeu o sentido, que você não consegue mais amar com a mesma intensidade, e por isso você vive de aparências, você sorri mais o teu coração tá doendo.

O machado dilacerou os teus sonhos, esmigalhou a sua história, tirou o sorriso do teu rosto, te fez perde aquilo que você mais amava. A ferrugem penetrou em teu coração ao ponto de torna-lo uma pessoa de lata.

Mas é tempo de recomeçar, de sentir o óleo do céu descendo como um balsamo para lubrificar tuas juntas, e devolver teu sorriso, e te encher de paz.    

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