O livro conta a história de um cavaleiro que acaba ficando preso dentro de sua armadura, e se distanciando da família e dos amigos. Com o passar do tempo, tornou-se obstinado pelo trabalho de salvar donzelas indefesas de dragões malvados; para ele a única coisa que importava era o trabalho, para poder manter o seu castelo e sua família sempre abastados.
Um dia, sua mulher Juliet, reclama que ele está se tornando um ser ausente em sua família, que o filho Christopher tem como única imagem do pai um retrato na parede. Com isso ordena-lhe que opte entre tirar de uma vez por todas a armadura ou perder sua família, pois ela partiria com o filho para a casa de parentes.
O cavaleiro obviamente escolhe a família, mas para assombro seu não consegue livrar-se da armadura. Recorre ao ferreiro do reino, a quem pisa acidentalmente o pé, este irritado desfere-lhe uma marretada em direção a amadura, mas nem mesmo isso foi capaz de ferir o cavaleiro ou mesmo desmanchar a armadura de aço, que sequer arranhou-se.
Desesperado, a nossa personagem recorre à ajuda do mago Merlin, que vive num bosque distante. Merlin resolve ajudar. Depois de ter suas forças restabelecidas pela ajuda do mago, de Esquilo e Rebecca, o cavaleiro pergunta a Merlin como se livrar da armadura de aço em que se encontrava preso, o mago então diz que só há um meio: percorrer a Trilha da Verdade, um caminho árduo e cheio de desafios pessoais.
Durante a trajetória, o cavaleiro tem de passar por três castelos: o do Silêncio, do Conhecimento e por fim o Castelo da Vontade e da Ousadia.
Em cada um desses castelos ele vai refletindo cada vez mais sobre sua vida e permitindo que seus sentimentos fluam. Á medida que vai se autoconhecendo e tornando-se mais afetuoso, sua armadura vai se desmanchando. Ao final do livro, nosso personagem aprende uma valiosa lição: de que o bem maior que ele poderia ter não são os bens materiais, mas sim sua família, seus amigos, e o amor próprio. De que não se deve apegar a coisas superficiais.
Ao final, descobrimos que o tal cavaleiro não era uma pessoa presa na armadura de aço lustroso, mas sim um sentimento: o amor.
O livro é realmente espetacular, Fisher encontrou um meio muito criativo, descontraído e gostoso de ensinar uma valiosa lição. O texto desta fábula é puramente filosófico – uma filosofia de vida.
Ao longo de nossa vida vamos blindando-nos dentro de uma armadura, censurando nossos sentimentos, e nos tornando cada vez mais obstinados pelo nosso serviço. Ferimos àqueles que nos cercam sem nem ao menos perceber, tornamo-nos insípidos, esquecemo-nos de viver. Fugimos a trilha da verdade e da justiça, procurando caminhos mais fáceis e agradáveis de percorrer, porém, esses caminhos levam-nos a um abismo sem fundo, do qual raramente conseguimos fugir – o abismo da solidão. Enquanto que, o caminho da verdade e da justiça nos leva ao topo de uma montanha de felicidade, fé, amor e prosperidade verdadeira.
Estamos tão preocupados com o que os outros pensam de nós, que acabamos nos tornando homens de lata, frios e calculistas, preocupados apenas com a imagem. Deixamos de nos preocupar com o que pensamos de nós próprios.
Cada um de nós deve observar seu interior suas próprias armaduras, suas couraças formadas pelo tempo. E você que acompanha esta fábula já parou para observar o seu interior? Quais são as suas defesas?
Lembre-se " Sem armaduras a vida é leve e simples".
Lembre-se " Sem armaduras a vida é leve e simples".
Nenhum comentário:
Postar um comentário