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quinta-feira, 24 de janeiro de 2013


Morto, cinco vezes morto!


Quando você entende que, na cruz, Jesus não morreu como um mártir injustiçado ou um exemplo de abnegação, mas efetivamente cumpriu uma sentença judicial sofrendo a pena no lugar do culpado, a primeira coisa que você deve fazer é considerar-se culpado para se beneficiar desse sacrifício substitutivo.

A salvação não começa com você justificando-se e dizendo que leva uma vida honesta, ama o próximo e socorre os necessitados. A salvação começa com você prostrando-se diante de Deus como quem merece e aguarda a sentença e o golpe mortal, para então reconhecer que esse golpe já foi dado em Jesus depois de seus pecados terem sido transferidos para o prontuário dele. Um condenado à morte não pode ser executado mais de uma vez, e é assim que Deus considera aquele que crê em Jesus: morreu por procuração, quando Jesus, na cruz, assumiu suas culpas e foi executado em seu lugar.

A carta de Paulo aos Gálatas apresenta as consequências práticas de se posicionar nesse lugar de morte com Cristo. Em Gálatas 2:20 Paulo afirma acerca de si mesmo: "Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim". Isto é verdadeiro também a respeito de todo aquele que se reconhece pecador e crê em Jesus como Salvador.

"Crucificado com Cristo" significa que já recebeu a sentença que Deus reserva ao velho homem, aquela natureza que nós herdamos de Adão. Na cruz Deus pôs um ponto final no homem em seu estado original, também chamado de "carne" em algumas passagens da Bíblia. Se Deus já desistiu de encontrar algo de bom nessa natureza caída e arruinada pelo pecado, como é que você ainda tem a pretensão de tentar melhorar a si mesmo para ser aceito por Deus no final?

Gálatas 5:24 fala dessa mesma carne: "Os que pertencem a Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e os seus desejos". Se Cristo foi crucificado por mim, e eu sou visto por Deus como crucificado com Cristo, devo agora abandonar minha carne numa condição de morte. E não apenas a carne, que é minha natureza caída, mas o próprio mundo deve ser abandonado nesse necrotério da velha natureza. Gálatas 6:14 diz que, pela cruz do Senhor Jesus Cristo, "o mundo foi crucificado para mim, e eu para o mundo".

A cruz e seus efeitos aparecem cinco vezes nessa série de versículos em Gálatas, para eu não me esquecer de que Cristo morreu, eu morri com ele, minha carne, com suas paixões e desejos, foram mortos com ele, o mundo morreu para mim e eu morri para o mundo. Diante de uma sentença de morte tão completa que Deus aplicou sobre o homem em seu estado natural, por que alguém de sã consciência iria querer procurar em si mesmo algo de bom para oferecer a Deus?

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