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quinta-feira, 7 de junho de 2012

Quando o Legalismo anula o Amor


Jesus sempre colocou as pessoas acima de credos, tradições, e todo tipo de ritualismo proveniente do judaísmo. A relação Dele com os discípulos foi acompanhada de perto pelos diferentes grupos religiosos judaicos.

Uma vez que entre os seus discípulos havia um publicano, e um zelote, os publicanos eram judeus que trabalhavam como coletores de impostos para o Império Romano, e por isso foram rotulados como marginais, e, portanto eram odiados por seus compatriotas, já os zelotes era um grupo religioso simpatizante de Herodes, e que atrapalharia Roma por seis décadas.
Dois filhos de Judas foram crucificados depois da morte de Jesus, e seu último filho por fim tomou das mãos dos romanos a fortaleza de Massada, fazendo o voto de defendê-la até que o último judeu morresse. No final, 960 judeus entre homens, mulheres e crianças tiraram a própria vida para não caírem prisioneiros dos romanos.

Foram estes tipos de pessoas que Jesus estendeu as mãos quando o mundo todo virou as costas para elas. Todavia Ele foi muito criticado pelos religiosos por haver escolhido essas pessoas como discípulos.

Do ponto de vista racional todos querem escolher os melhores, lembro-me da minha infância quando escolhíamos os times de futebol, ninguém queria escolher os piores, e sim apenas os melhores para jogar no seu time, agora imagine uma seleção composta por doze jogadores medianos, pernas de pau.

Provavelmente esta seleção sofreria bullying, seria menosprezada, ridicularizada ao extremo, ao ponto de virar uma grande piada nacional.

 Os doze discípulos escolhidos por Jesus na empoeirada palestina, sofreram com a discriminação religiosa, e eram vistos como uma piada de mau gosto.

Como pode um general recrutar os piores soldados para a maior batalha de todos os tempos, mas eles foram treinados durante três anos para suportar todas as adversidades, foram enviados a missões apenas com a roupa do corpo, e aprenderam a confiar em Deus.

De modo que eles desconstruíram a imagem de um deus tirano que foi infundida na mente deles pela religião, e conheceram o Deus de Israel.

Contudo não é fácil se desprender dos pressupostos da religião, das amarras do legalismo, das nuanças dos costumes que mais valorizam a postura comportamental, do que o ser humano.

Jesus valorizava as pessoas, seu olhar penetrava a alma, e seus ouvidos escutavam o grito de desespero de um povo oprimido pela religião.   

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