A
cruz é o maior símbolo do cristianismo, é local onde morreu o Filho de Deus
para salvar a humanidade.
Alguns a usam como se ela
fosse um amuleto da sorte, enquanto outros a mistificam a elevando ao status de
divindade. Foi através da crucificação de Jesus que todos os meus pecados foram
perdoados e minhas feridas saradas.
De modo que ao olhar para
a cruz automaticamente lembro-me daquele que um dia se fez carne, e do
transvestimento do Filho de Deus assumindo a mortalidade para revelar aos
mortais a imortalidade.
O golgota foi o local aonde todos os meus pecados foram transferidos para Jesus, e a graça de Deus foi transferida para a minha vida.
O golgota foi o local aonde todos os meus pecados foram transferidos para Jesus, e a graça de Deus foi transferida para a minha vida.
A graça é o ponto de
convergência para uma nova vida, e é responsável por um estado de êxtase, e por
profunda devoção. Alias quando gotas da graça caem sobre o nosso ser desperta uma saudade profunda do "perfume de uma
flor que não descobrimos, o eco de uma melodia que não ouvimos, notícias de um
país que nunca visitamos".
A noção do amor de Deus vindo a nós livre de retribuição, sem
cordas amarradas, parece ir contra cada instinto da humanidade. O caminho de
oito passos do budismo, a doutrina hindu do karma, a aliança judaica, o
código da lei muçulmana — cada um deles oferece um caminho para alcançar a
aprovação. Apenas o cristianismo se atreve a dizer que o amor de Deus é
incondicional.
De acordo com o
Padre Marcelo Rossi seu livro “ÁGAPE”, Ágape
é amor incondicional, o amor generoso,
o amor sem limites; puro, livre!
Estamos
acostumados a viver em um mundo em que as pessoas agem na expectativa de
reciprocidade. A ação traz uma reação. Infelizmente, não se encontra sabor em
relações desinteressadas.
A
suposta amizade vive de expectativas. O que o outro pode me proporcionar?
Que
ganho haverei de ter ao ir a tal evento?
Quem
é fulano?
O
que ele faz?
É
filho de quem?
Tempos
em que os adornos valem mais do que o essencial. Tristes tempos.
As amizades interesseiras têm prazo de
validade. As relações são inconsistentes. É comum, em um círculo de amigos,
cada qual falar de si mesmo como um hobby. Uma geração narcisista. O pronome
mais utilizado é o de primeira pessoa: “eu’ Tristes tempos, repito Tempos de
escassez de atitudes de misericórdia - descartar uma pessoa é mais fácil do que
se desfazer de um objeto de estimação”. Falta estima pelo ser humano. Vivemos
em uma sociedade em que o consumo coisifica a pessoa Quanto mais se tem, mais
se deseja e, quando não se tem, o desejo também faz questão de ficar.
Falta um sonho de vida e sobram
angústias pelas ausências desse sonho.
Todavia em meio a tantas atitudes
narcisistas Deus ainda está disposto a derramar da sua graça em nossos
corações, mas para que a graça seja derrama sobre a nossa é preciso olhar para
cruz e reconhecer que ali é nosso local de encontro com Deus.
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